Do mesmo modo, para milhões de pessoas, o ano de 2021 foi um ano muito difícil e doloroso.
Sendo assim, pedimos a três especialistas, de diferentes áreas, que escolhessem uma notícia positiva e explicassem sua importância.
1. As vacinas contra covid-19 provaram ser eficazes
Edda Sciutto, bioquímica e imunologista do UNAM, diz que não há dúvida de que uma das melhores notícias de 2021 é que o
“coronavírus é suscetível à imunidade e que vacinas poderiam ser desenvolvidas de forma eficaz para controlar a pandemia”.
A covid foi declarada uma pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020 e, em menos de uma semana, a primeira vacina de mRNA iniciou a fase um de ensaio clínico.
O avanço no campo da representação tridimensional de proteínas neste ano foi elogiado por vários cientistas.
A Science, outra revista de referência no campo científico, assim como a NewScientist, fizeram eco a esta tecnologia ao rever os avanços mais importantes do ano.
“Não tenho dúvidas de que nos próximos anos (a tecnologia) vai gerar uma enorme mudança social na área da saúde, diagnósticos, lavouras, produção de alimentos, cuidado com o meio ambiente”, disse o professor e microbiologista Diego Comerci.
Ou seja, a vantagem, as equipes por trás do estudo disponibilizaram os bancos de dados gratuitamente para todos os pesquisadores do mundo.
Sendo assim, imagine que determinar a estrutura de quase todas as proteínas poderia ser tão simples quanto fazer uma pesquisa na internet.
3. A primeira vacina contra a malária
Sobretudo, a malária é uma das mais mortais doenças da humanidade há milênios, matando principalmente bebês e crianças.
No entanto, no dia 6 de outubro, uma boa notícia foi divulgada: a OMS deu luz verde à vacina RTS, que comprovou sua eficácia há seis anos.
Após o sucesso dos programas piloto de imunização em Gana, Quênia e Malaui, a OMS recomendou que a vacina fosse usada entre crianças na África Subsaariana e em outras regiões com transmissão de moderada à alta.
4. Mais mulheres chegando ao poder
Primordialmente, em 1º de março, uma mulher fez história na Organização Mundial do Comércio (OMC).
Do mesmo modo na América Latina, Xiomara Castro ganhou as eleições em Honduras e a partir de 2022 será a primeira mulher a governar o país.
Ou seja, Castro vai encerrar 12 anos de um governo conservador.
É a primeira vez que a esquerda hondurenha chega ao poder depois que Manuel Zelaya, marido de Castro, foi deposto por um golpe em 2009.
Anteriormente, em janeiro, a Estônia havia nomeado a primeira mulher chefe de governo de sua história: Kaja Kallas.
Em março, a morte do presidente da Tanzânia, John Magufuli, levou sua vice-presidente, Samia Suluhu Hassan, a se tornar a primeira mulher chefe de Estado do país.
Em agosto, a presidente disse à BBC que havia pessoas que duvidavam que ela fosse qualificada para liderar a Tanzânia. “Alguns não acreditam que as mulheres podem ser melhores presidentes e estamos aqui para mostrar que podemos”, disse.
Outra mulher que ganhou as manchetes internacionais em 2021 foi Kamala Harris.
5. A importância da saúde mental no esporte
Primordialmente, o ano de 2021 foi olímpico, o que gerou emocionantes imagens dos jogos.
“2021 não foi o ano que eu esperava. Neste verão, tive que me afastar da competição para me recuperar de uma lesão invisível”,
Disse ela, em dezembro, após receber o prêmio pelo conjunto de sua obra na cerimônia de Personalidade Esportiva do Ano da BBC.
O impacto de sua atitude, dentro e fora da arena esportiva, foi imenso.
“Sigo Biles e a admiro muito. Quando ela falou o que aconteceu com ela, além da decisão que ela tomou, eu também fiz uma pausa.
6. A volta dos pandas e demônios da Tasmânia
Os esforços de conservação dos animais trouxeram notícias promissoras ao longo de 2021.
Em julho, as autoridades chinesas anunciaram que não classificam mais os pandas como ameaçados de extinção, embora tenham alertado que a espécie continua vulnerável.
A classificação melhorou porque o número de indivíduos na natureza atingiu pelo menos 1.800.
Uma onça-pintada – que havia sido resgatada no Brasil – e seus dois filhotes foram soltos no Gran Parque Iberá, os primeiros dos nove indivíduos que estão previstos para serem libertados na área.
Outra espécie que deu boas notícias neste ano foram os demônios da Tasmânia.
“Embora seja apenas o começo, conseguimos devolver o diabo ao continente”, disse Tim Faulkner, presidente da Aussie Ark, uma das organizações que promove o programa.
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